Movimento de Ocupação da Reitoria da UFBA - MORU

Desde o dia 1º de outubro DE 2007, estudantes da Universidade Federal da Bahia ocupam a Reitoria da instituição com o objetivo de protestar contra a atual (falta de) política de assistência estudantil da gestão do reitor Naomar de Almeida Filho e contra o decreto que institui o REUNI, além de pretenderem amadurecer o debate e a luta por um modelo de universidade realmente popular.

E-mail para contato: ocupacaoufba@gmail.com

Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=40242527

Chat: #reuni (basta escolher um "Nickname" depois Clicar no botão "Chat!")

domingo, 21 de outubro de 2007

Carta Aberta à Comunidade

GOLPE NA UFBA!

CONSELHO UNIVERSITÁRIO forjado aprova REUNI

No dia 19 de outubro de 2007, às 8h, a Universidade Federal da Bahia foi convocada a realizar a reunião do Conselho Universitário, marcado às pressas, para aprovar o decreto-REUNI. O Conselho foi marcado para a Faculdade de Direito desta universidade, uma vez que a Sala dos Conselhos da Reitoria estava ocupada há 19 dias por estudantes da UFBA, com os quais o reitor nunca se propôs a dialogar.

Em Assembléia Geral dos Estudantes, realizada no dia 18 de outubro, foi deliberada a posição dos estudantes de serem contra o decreto-REUNI e pela consulta ampla à comunidade acadêmica, via Assembléia Geral Universitária e Plebiscito sobre o decreto-REUNI. Os estudantes ainda deliberaram apoiar e se unir ao movimento de ocupação da Reitoria.

Dessa maneira, na sexta-feira, 19 de outubro, na hora marcada para realização da reunião do Conselho Universitário, os estudantes dirigiram-se à Faculdade de Direito para apresentarem a proposta de se realizar a Assembléia Geral da UFBA (estudantes, funcionários e professores) e o Plebiscito Geral da UFBA, com o objetivo de divulgar, informar e consultar toda a comunidade acadêmica sobre o decreto-REUNI.

Ao chegarem ao Auditório da Faculdade de Direito, os estudantes foram recebidos por segurança reforçada (sem identificação) e por outros seguranças disfarçados dispersos em meio à manifestação, com atitudes provocativas.

Quando solicitamos o microfone para apresentarmos nossa pauta de reivindicações, a qual incluía a realização de Assembléia Geral, o próprio Reitor (e assessores) impediram o nosso acesso. A partir de então, dada à intransigência por parte do Profº Naomar, intensificaram-se nossas manifestações contra a realização daquele Conselho e pela abertura de um espaço para colocarmos nossa pauta. Ainda tentamos realizar a leitura da “Carta à Comunidade da UFBA e à Sociedade” (vide www.ocupacaoufba.blogspot.com), interrompida por vaias de professores ligados ao Reitor, Conselheiros, pelo próprio Reitor e por sua assessoria.

Em clara manobra inescrupulosa e desesperada, o Reitor Naomar de Almeida Filho solicitou aos poucos Conselheiros presentes que se aproximassem da mesa e, então, forjou a votação do REUNI, sem qualquer discussão.

Para essa falsa votação, sequer deu início ao Conselho: não designou a secretaria da Mesa – portanto, não há ata –, não contou o quorum presente (visivelmente insuficiente) e nem mesmo abriu a pauta para discussão do REUNI. Dessa maneira, montada a farsa para aprovação do decreto-REUNI, os parcos Conselheiros e o Reitor se dirigiram a uma sala trancada da própria faculdade, expulsando estudantes que ali se encontravam.

Para terem acesso à sala fechada, muitos Conselheiros, vigias e seguranças contratados agrediram verbal e fisicamente diversos estudantes que tentavam impedir a reunião e se manifestar livremente.

Denunciamos e repudiamos a atitude autoritária, golpista e ilegal promovida pelo Reitor Naomar de Almeida Filho, desrespeitando as próprias instâncias constituídas da UFBA. Repetimos e repetiremos incansavelmente que o REUNI NÃO FOI APROVADO NA UFBA, sequer foi discutido e a única coisa que realmente ocorreu foi um golpe contra a Universidade e suas próprias instituições.

Convidamos tod@s a se unirem à nossa luta contra o golpe sofrido pela UFBA, contra o decreto-REUNI e pela defesa da qualidade do ensino público brasileiro.

Mande-nos a sua moção de APOIO à nossa luta e de REPÚDIO ao golpe sofrido pela UFBA!

Obs.: A imprensa esteve presente em todos os momentos da manifestação, inclusive a própria TV UFBA – que está proibida de liberar as imagens do golpe. Também possuímos registros próprios de vídeos e fotografias, que estão disponíveis em: http://ocupacaoufba.blogspot.com/

Contra o decreto-REUNI!

Contra o golpe na UFBA! – Não reconhecemos o CONSUNI (19/10/07)

Pela Assembléia Geral da UFBA!

Pelo Plebiscito Geral da UFBA!

Visite nosso blog:

www.ocupacaoufba.blogspot.com

Assembléia Geral dos Estudantes UFBA – 24/10/07 – 9h

na Reitoria Ocupada

8 comentários:

Anônimo disse...

recebi esse scrap e queria entender se a informação procede ou não:
Joni:
Alguns segmentos da ocupação da Reitoria da UFBA impediram o ensaio da OSUFBA (Orquestra da UFBA), o Madrigal e o Coral Universitário (que constitui grande parte dos ESTUDANTES DA Escola de Música da UFBA).
Discuta isso e outras coisas no CEB (Conselho de Entidades de Base) que acontecerá no dia 22 de outubro de 2007 às 19hrs na Reitoria.

biano disse...

Moção de Apoio do C.A.E.F UEL

Na atual conjuntura de ataque a direitos históricos do trabalhador, aumento dos lucros dos banqueiros com o pagamento das dividas externa e interna, com as privatizações das Universidades, com as tentativas de desmobilizações dos estudantes por parte dos DCEs, o Centro Acadêmico de Educação Física da Universidade estadual de Londrina apóia incondicionalmente as mobilizações dos estudantes contra o sucateamento das Universidade.
Compreendemos que a tática que está sendo utilizada é legitimo, o apoio é incondicional, os estudantes estão se organizando e indo a luta contra as medidas privatizantes. A continuidade das privatizações no governo Lula é mais arrasador do que em outros governos, por estar camuflada na constituição de um governo de frente popular, escondendo sua verdadeira mascara de governo burguês.
O Centro Acadêmico é contra qualquer forma de privatização e apoiará incondicionalmente todas as mobilizações que estão ocorrendo na UFPR, UFF, UFBA, UFJR e Unifesp e em qualquer outra Universidade que for para a luta contra o sucateamento.
Por compreende que a mobilização é legitima, somos contra qualquer forma de repressão, tática que estão sendo utilizado na atual “democracia”, a grande “democracia” tão defendida nessa sociedade.

Anônimo disse...
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OCUPAÇÃO UFF disse...

A Universidade Federal Fluminense está ocupada.

Após uma sucessão de golpes aplicados na comunidade acadêmica, o Conselho Universitário (CUV) que votaria a adesão ou não ao projeto de reestruturação das universidades federais (Reuni) seria realizado essa manhã, no Cine Art UFF, que fica na prédio da reitoria. Diante da certeza de que o decreto seria barrado na votação, tendo em vista o grande número de colegiados de cursos que deliberaram posição contrária ao decreto e a massiva mobilização estudantil, o reitor Roberto Salles deu um golpe: declarou suspenso o conselho logo após seu início, e retirou-se do local.

O movimento contrário ao Reuni, integrado pelo DCE, bem como pela ADUFF e o SINTUFF, estava presente em massa no local do conselho e, em plenária, deliberou que se iniciasse uma ocupação na reitoria, integrada à ocupação já existente no hall da mesma, que tem como pauta principal a construção da moradia estudantil.

No fim da tarde, recebemos o informe de que o reitor Roberto Salles havia publicado um comunicado no site da UFF, retirando o projeto de Reuni da universidade da pauta do conselho universitário e encaminhando-o para a Comissão de Orçamento e Metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), e lembrando que o prazo de adesão ao decreto pelas IFES era o dia 17 de dezembro – ou seja, haveria tempo suficiente para a reitoria se reerguer e articular novo golpe.

Mas o ponto mais impressionante do comunicado foi a alegação de que a suspensão do conselho tinha se dado "para garantir o direito, a liberdade e o respeito pela instituição" e que seriam tomadas "as medidas cabíveis" para ter certeza de que os atos mobilizadores do movimento contrário ao Reuni não mais prejudicassem a democracia na universidade.

No fim da plenária, quando nos encontrávamos em situação razoavelmente dispersa, duas viaturas da Polícia Federal chegaram ao prédio da reitoria com um mandato de reintegração e posse. Os policiais exigiram a desocupação imediata do prédio e deram ao movimento um prazo até amanhã de manhã para que esta seja realizada. Alegaram ainda que a abordagem era pacífica, mas ficou implícito que caso a desocupação não se realizasse... a polícia tomaria, por sua vez, "as medidas cabíveis".

É dessa forma que o reitor Roberto Salles quer garantir a liberdade e a democracia na universidade: chamando a polícia federal contra os estudantes que têm como desejo garantir a universidade pública e de qualidade para todos.

É imprescindível denunciar a sociedade como se está tentando aprovar o decreto do Reuni nas universidades federais: com golpes, violência e, principalmente, total esfacelamento da parca democracia conquistada pelos movimentos sociais acadêmicos. Nem mesmo os conselhos universitários, onde o setor majoritário estudantil é minoria, estão sendo respeitados.

Os estudantes da UFF, a ADUFF e o SINTUFF disseram não ao Reuni. Um enorme número de colegiados de curso e conselheiros universitários disse não ao Reuni.
O próprio vice-reitor Emmanuel Andrade disse não ao Reuni. E diante disso tudo a reitoria jogou a carta da repressão covarde sobre a comunidade acadêmica.
Mas nós seguimos firmes na ocupação, e conclamamos toda a sociedade, destacadamente os estudantes e os movimentos de ocupação espalhados pelo Brasil, a juntar-se a nós nessa luta pela educação.

LOGO QUE A POLÍCIA SAIU OS OCUPANTES PUXARAM UMA PLENÁRIA DE MOBILIZAÇÃO PARA IMPEDIR QUE ESSA ATITUDE
ANTI-DEMOCRÁTICA PROCEDA. TANTO A OCUPÇÃO DA REITORIA QUANTO O ACAMPAMENTO MARIA JULIA BRAGA FORAM INTIMADOS.

Comissão de ComuniçãO
ocupacaouff@gmail.com
http://ocupacaouff.blogspot.com/

Por favor, divulgue!!!!

Anônimo disse...

Ao sr. Anonimo...

Estamos aqui militando na ocupação da UFPR e podemos lhe garantir, embora não conheçamos a relaidade da UFBA tão de perto, que é de praxe e consenso da midia em geral, que este tipo de manifestação possui cunho criminoso. Aqui em Curitiba, a reitoria chegou a declarar publica e descaradamente, que estariamos proibindo os funcionarios do financeiro de entrar no predio inviabilizando o pagamento dos salarios. O que é um absurdo uma vez que os salarios são pagos pela PHRAE, num edificio que fica fora da reitoria, e que criamos e divulgamos uma comissão de ética para analisar este tipo de situação, a entrada de varios funcionarios ja chegou a ser leberada para resolver este tipo de emergencia, e que nossa comissão, continua aguardando pacientemente o pediso de tais funcionarios para entrar no recinto. Mas esse lado da historia a midia nunca mostra.

Ao pessoal da UFBA, não se deixem levar pelas manobras covardes da Reitoria...

Anônimo disse...

Queremos decidir democraticamente o que é melhor para os estudantes, queremos como cidadãos lutar por uma inclusão real e não uma fachada estatistica e eleitoreira. Temos como movimento estudantil a gloriosa missão de zelar pela educação de nosso povo. Debatamos, amigos, deabatamos à exaustão, um projeto de sociedade na qual a realidade social, e não um especulação numerica artificial, seja considerada. Somos um movimento nacional vitorioso, pois apenas propomos o correto: direito de decisão e debate. Finalmente, conseguimos desmascarar essa ditadura enrustida, mal-disfarsada em um pomposo e cinico discurso de “fim das ideologias e aceitação da hegemonia imperialista”, com todas as imposiçoes mercadologicas que buscam , nas universidades, formar numeros em vez de cidadãos. No maior mobilização estudantil que este pais ja viu desde as Diretas, e que ainda deverá crescer, RESSUSCITAMOS O MOVIMENTO ESTUDANTIL!!!!

Não desistamos, nossa luta é nobre e legitima!!! Movimento pela Democracia nas Universidades!!!

Movimento pela democracia nas Universidades já!!! Não podemos continuar nas mãos de “representantes” que sequer conhecemos e que nunca elegemos, e que, pior, não nos consultam para conhecer nossas reais necessidades. Não podemos ficar nas mãos de decretos imorais e ilegitmos que buscam nos explorar atravez da coersão e da compra de votos de nossas reitorias.

UNiversidade para o povo e não para o mercado!!!

Anônimo disse...

O n=movimento de ocupação da reitoria não está sendo divulgado pela mídia. Uma forma alternativa de divulgação interessante seriam nos colégios de Salvador, onde estão os futuros estudantes da UFBA, creio que tentar dar uma dimenção maior vai ajudar.

Anônimo disse...

Vão protestar lá no Central Também!

Crise leva à extinção de 27 turmas no Colégio Central

Vinte e sete das 108 turmas do Colégio Estadual da Bahia (Central), em Nazaré, serão extintas e 280 alunos remanejados para outras salas. O processo de “enturmação“ é resultado da evasão de 1.041 estudantes. As causas dessa debandada de um tradicional estabelecimento de ensino da Bahia são desconhecidas. Porém, vários motivos são aventados, inclusive, a matrícula ter sido superestimada, ou seja, pessoas que se inscrevem sem o intuito de cursar o ano letivo, mas, apenas, com interesse de obter benefícios estudantis como o Salvador Card, que dá direito à meia-passagem no transporte coletivo, ou ter acesso a estágio remunerado.

+ http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=800438