Movimento de Ocupação da Reitoria da UFBA - MORU

Desde o dia 1º de outubro DE 2007, estudantes da Universidade Federal da Bahia ocupam a Reitoria da instituição com o objetivo de protestar contra a atual (falta de) política de assistência estudantil da gestão do reitor Naomar de Almeida Filho e contra o decreto que institui o REUNI, além de pretenderem amadurecer o debate e a luta por um modelo de universidade realmente popular.

E-mail para contato: ocupacaoufba@gmail.com

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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Matéria - Jornal A Tarde - 21 de Novembro

Alunos anunciam greve de fome

Zezão Castro, do A Tarde

Depois da desocupação da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) por intermédio da Polícia Federal no último dia 19, os estudantes decidiram radicalizar. Pelo menos seis deles já anunciaram que vão iniciar uma greve de fome nesta quarta, em protesto contra a forma como o reitor Naomar Almeida tem conduzido o debate em torno do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades federais – Reuni, projeto da União que a Ufba pretende aderir.

Nesta quarta acontecerá, a partir das 9h, uma reunião de estudantes na Reitoria da Ufba para discutir novas estratégias de protesto. A deliberação para uma nova ocupação não está descartada. Na coletiva realizada nesta terça no auditório da Faculdade de Arquitetura, na Federação, forraram a mesa da plenária com uma toalha preta, simbolizando o estado de ânimo.

Sentados à mesa estavam a estudante de medicina Luamorena Leoni, a diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carolina Pinho, o coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Gabriel Oliveira, o diretor do DCE, João Gabriel, a integrante do diretório acadêmico de teatro, Maíra Guedes e o diretor de informação do DCE, Emanuel Freire.

“O que está acontecendo por parte da Reitoria agora é perseguição contra os residentes que participaram da ocupação e agora serão submetidos ao Conselho Social de Vida Universitária”, disse Maíra Guedes. Ela acrescenta ainda que “98% deles não têm condição de morar em Salvador sem a residência”. Todos os quatro estudantes presos no último dia 19, estão fichados na PF.

Na ação, os policiais utilizaram spray com gás de pimenta. As acusações que pesam sobre os alunos é a de “descumprimento de ordem judicial e resistência”.

Os estudantes anunciaram nesta terça seis nomes que já aderiram ao jejum como protesto: Luamorena Leoni, 22 anos e Danilo Lobo 23, (medicina); Cândido Vinícius, 21 e Hugo Dantas, 20, (ciências sociais), Rafael Portela, 23 e Marcus Vinícius, 21, (filosofia).

Na ocasião da coletiva, as lideranças denunciaram que não conseguiram a expedição de guias para exame de corpo delito após o conflito com a PF. No momento da ação policial havia cerca de 40 alunos na Reitoria. Segundo a aluna Maira Guedes, “estávamos protestando pacificamente e fui arrastada pelos cabelos pelas escadas, ainda estou com os joelhos roxos”. O aluno Emanuel Freire, assim como os demais, batem pé firme: “Nós não concordamos com esta proposta do reitor de criar 17 mil novas vagas, sendo que dessas, 10 mil serão destinadas a pessoas que estudarão três anos e que não terão valor de 3º grau. Não queremos transformar a universidade num escolão”.

Segundo os estudantes, no dia 19, data em que houve uma reunião do conselho universitário (Consuni) no auditório da Faculdade de Direito, o reitor teria desconsiderado a ausência de quórum e, mesmo assim, foi votada a adesão da universidade ao problemático Reuni. “Não estavam lá vários conselheiros, ninguém viu esta ata. Não foi legítimo”, protestou a diretora da Une, Carolina Pinho. A Reitoria da Ufba considera a adesão válida.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=808197

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