Movimento de Ocupação da Reitoria da UFBA - MORU

Desde o dia 1º de outubro DE 2007, estudantes da Universidade Federal da Bahia ocupam a Reitoria da instituição com o objetivo de protestar contra a atual (falta de) política de assistência estudantil da gestão do reitor Naomar de Almeida Filho e contra o decreto que institui o REUNI, além de pretenderem amadurecer o debate e a luta por um modelo de universidade realmente popular.

E-mail para contato: ocupacaoufba@gmail.com

Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=40242527

Chat: #reuni (basta escolher um "Nickname" depois Clicar no botão "Chat!")

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Matéria - A Tarte 22 de Novembro

Alunos começam greve de fome

Um prato de feijão, arroz e carne bem devorado no Shopping Center Lapa foi o último jantar antes da greve de fome de seis estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba), iniciada ontem, por volta das 22 horas, na frente da Reitoria.Reforçaram na comida para suportar a boca fechada o máximo de tempo possível em protesto contra ameaças da Reitoria de abrir processos administrativos disciplinares contra estudantes envolvidos na recente ocupação.

Munidos com barracas de camping, sacos de dormir e com um forte sentimento de coleguismo, eles armaram acampamento nas escadarias em frente ao prédio administrativo para apoiar os colegas ameaçados e garantir que os moradores das residências universitárias que participaram da ocupação de 46 dias não sejam despejados de seus quartos. “Vamos ficar sem comer até sair uma resolução da Reitoria garantindo que não haverá retaliação por causa da ocupação”, garantiu Maíra Guedes, 20, uma das grevistas, estudante de teatro e moradora temerosa de perder seu lugar na residência. Três homens dentro de um carro da Ufba acompanharam a montagem do acampamento.

Além de Maíra, fazem parte do protesto Rafael Portela, 24, do curso de história, Luamorena Leoni, 22, de medicina, Marcus Vinícius Oliveira, 21, filosofia, Cândido Vinícius, 22, e Hugo Dantas, 21, estudantes de ciências sociais. Quem não vai fechar a boca e participa do movimento, cuida da logística da greve, fazendo a segurança como sentinela e atentos aos grevistas, inclusive durante a madrugada.

O estudante Hugo Dantas, 20, um dos grevistas, acha que “a greve é uma forma de solidariedade aos estudantes que estão sendo criminalizados pelo reitor”. Rafael Portela, que também participa do protesto, afirma que a greve se justifica porque “não há qualquer espaço de diálogo com o reitor” e que “a greve se sustenta como a única medida viável e possível”.

O reitor da Ufba, Naomar Almeida, acha que uma greve de fome baseada na falta de diálogo não procede, já que ele esteve “sempre aberto a negociar e conversar”. Sobre a acusação de perseguição política, o reitor diz que é “obrigação legal de qualquer gestor público instaurar um processo administrativo quando o patrimônio sob sua gestão é ameaçado”.

Luamorena Leoni diz que a greve de fome não era viável anteriormente por causa da pauta extensa de discussão, mas que agora “com um assunto específico, que é a perseguição política aos estudantes, essa ação enérgica precisou ser tomada”.Perguntada se irá levar a atitude até as últimas conseqüências , ela apenas balança a cabeça afirmativamente.

Os processos ainda não foram abertos e dependem primeiro da realização do inventário dos bens da Reitoria e dos outros prédios que foram ocupados. “Só então será possível avaliar os danos e procurar os responsáveis”, afirma Anna Guiomar, procuradora-geral da Ufba. Após o levantamento dos prejuízos, será instalada uma comissão, que terá o poder de expulsar os estudantes da Ufba.


Nenhum comentário: